8.9.17

DEPENDÊNCIA E DESNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA AVANÇAM. NA POLÍTICA PREDOMINA O OPORTUNISMO INESCRUPULOSO E O CURRALISMO ELEITORAL [OUÇA O ARTIGO]

DANIEL MAZOLA -


Dom Pedro I proclamou a “independência” do Brasil em 1822. Após 195 anos de nossa declaração de independência temos uma elite com mentalidade colonial, submissa, rentista e corrupta. Comemorar o que? Somos dominados pelo imperialismo em todos os aspectos: econômico, cultural e político.

Na economia, os grandes monopólios imperialistas controlam ramos fundamentais da economia brasileira, e a cada ano que passa, a desnacionalização da economia avança. O desgoverno vende-pátria do golpista-usurpador vem promovendo e aprofundando a entrega total do país a preço de banana, seus tecnocratas e burocratas atuam com o objetivo de conceder facilidades inimagináveis ao capital estrangeiro, aprofundando ainda mais a desnacionalização.

As “reformas” trabalhista e previdenciária são a pá de cal na classe trabalhadora. Enquanto pavimentam a entrega do nosso patrimônio e a retirada de direitos históricos baseado em argumentos cínicos e entreguistas, o povo assiste atônito e indignado os R$ 51 milhões em notas de 50 e 100 reais do ex-ministro Geddel Vieira Lima escondidas no apartamento de um amigo, em um bairro nobre de Salvador (BA).

Nossas florestas, rios, matas e riquezas naturais, que deveriam pertencer somente ao povo brasileiro, e a mais ninguém, são de nós saqueados para satisfazer os interesses dos monopólios imperialistas estrangeiros. Em sua sede insaciável pelo saque de nossas riquezas, o imperialismo se utiliza de seus lacaios “brasileiros” (latifundiários e grandes capitalistas), para engolir enormes vastidões de nossa terra nativa e submetê-las ao tirânico regime da monocultura da soja e da cana, causando danos abomináveis ao país.

Na cultura, somos bombardeados diariamente com o lixo produzido pelos países imperialistas (via Globo e afins), que entorpecem grandes parcelas das massas populares. Em lugar de uma cultura nacional, científica e de massas, difunde-se em larga escala o oportunismo descarado, o complexo de vira-latas, a submissão ao estrangeiro, o “patriotismo de copa do mundo”. Na política institucional, nos legislativos e executivos predomina o oportunismo, o curralismo eleitoral e demais práticas degeneradas, inescrupulosas.

Que país é esse, riquezas não nos falta, mas seguimos pobres e explorados, vivemos a rotina do absurdo... Só haverá independência de fato no Brasil com projeto de Nação Socialista, com projeto nuclear nacional, etc... Mas para dar os primeiros passos rumo a tão sonhada independência, precisamos estancar a agenda neoliberal dos entreguistas apátridas. Basta de privatarias, suspensão do pagamento da dívida pública e taxação das grandes fortunas! Reforma tributária geral, com impostos baseados no critério da progressividade: quem ganha mais, paga mais. Também precisamos de uma elevação substancial dos impostos sobre a propriedade e a herança. Aí sim poderemos começar a pensar em independência, mas até isso ocorrer muita coisa ainda vai piorar...

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