ROGER MCNAUGHT -
![]() |
Vereador Leonel Brizola Neto. Crédito: Ellan Lustosa. |
Durante o final da tarde e início
da noite desta segunda-feira, dia 24 de outubro, uma multidão tomou conta das
ruas do centro do Rio de Janeiro em protesto contra a PEC 241/16 que propõe
congelar os gastos públicos em serviços básicos indispensáveis à população.
O ato, que se teve sua
concentração próxima à igreja da Candelária recebeu a participação de diversos
movimentos sociais e organizações sindicais, rapidamente lotando o ponto de
concentração mesmo antes do início da passeata.
Durante a concentração, policiais militares iniciaram uma série de
revistas e intimidações, fotografando o rosto de estudantes e pessoas presentes
numa tentativa de provocar um confronto e impedir o ato de ter início.
Após o início da caminhada o ato
continuou atraindo mais pessoas enquanto se estendia por toda a Avenida Rio
branco, chegando à seu ponto final na Cinelândia, onde líderes de movimentos
sociais e de organizações políticas falaram ao microfone sobre a atual conjuntura
política nacional e as possíveis repercussões desta PEC e de outras medidas do
governo federal do PMDB.
Dentre as falas, se destacou a
fala do vereador Leonel Brizola Neto (PSOL-Rio de Janeiro), herdeiro político
do saudoso ex-governador Leonel de Moura Brizola e crítico feroz do programa
neoliberal que esmaga a população mais pobre. O vereador se solidarizou com o movimento dos estudantes que ocupam as
escolas, tratando tais ocupações como resposta ao programa imperialista que
visa destruir as possibilidades de avanço do país e de melhorias das condições
de vida da população. O vereador também lançou pesadas
críticas às articulações conservadoras que vem ganhando espaço político desde o
questionável processo que removeu a presidente eleita Dilma Rousseff. Vale
ressaltar que assim como o avô fez no passado, o vereador Leonel Brizola Neto
vem alertando a população e os movimentos sociais sobre o perigo das políticas
neoliberais e o estrago que as mesmas irão causar em especial no sistema
educacional – o que prejudica diretamente os jovens pobres e das periferias que
já vivem sob condições desumanas devido á brutalidade das forças policiais.
Diante das posturas do governo
federal, podemos esperar mais medidas contra os interesses da população e como
resultado óbvio também poderemos esperar mais e mais mobilizações.