ILUSKA LOPES -
Quando
92% das urnas foram apuradas, às 18h33 não daria mais para acontecer uma virada e
Marcelo Crivella (PRB) foi eleito o novo prefeito do Rio de Janeiro. Mais uma vez, chama
atenção o número de votos brancos e nulos na capital carioca. Juntos, o número
de eleitores que não escolheu nenhum dos candidatos somou mais de 660 mil, o
que representa mais de 20% do eleitorado.
Apesar
da derrota municipal, foi nítido o crescimento e consolidação do candidato do
PSOL no cenário nacional. Outras eleições virão e Marcello Freixo é o novo
protagonista da nova esquerda brasileira. O Rio de Janeiro elegeu uma
candidatura fundamentalista-religiosa, mas a luta pela liberdade de pensamento
e de expressão, pelo direito das minorias, por mais igualdade e menos injustiça
social está apenas começando.
O
candidato do PRB e da IURD venceu a disputa contra Marcelo Freixo (PSOL) que
ficou com 40% dos votos. Crivella é carioca e tem 59 anos – nasceu em 9 de outubro de
1957. É bispo licenciado da Igreja Universal, cantor gospel e engenheiro civil.
Foi
eleito em 2002 para o senado federal pela primeira vez, pelo antigo PL, atual
PR. Foi reeleito em 2010, já pelo PRB,
partido que ajudou a fundar. Foi
chamado em 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff para o Ministério da Pesca e
Aquicultura, cargo que ocupou por dois anos. Voltou ao Senado, onde tem mandato
até 2019. Está licenciado para concorrer à prefeitura pela terceira vez.
Em
2004, ficou em segundo lugar e, em 2008, em terceiro. Se candidatou também
outras duas vezes ao governo do Estado. Em 2014, chegou ao segundo turno e
ficou atrás apenas do atual governador licenciado, Luiz Fernando Pezão.
Agora teremos essa controversa e polêmica figura da IURD como prefeito, sendo assim vale lembrar que Nossos sonhos não cabem nas urnas, mas nosso pesadelo pode começar por lá. Não continuem jogando a chance de sermos felizes fora. Os próximos quatro anos dirão se tenho ou não razão...