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SINPOSPETRO-RJ -
Representantes das
principais centrais sindicais do país se reuniram ontem, em São Paulo, para
debater a crise econômica e as reformas propostas pelo governo. O presidente do
SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto, participou dos debates.
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Ricardo Patah e Eusébio Pinto Neto. Reprodução: Facebook/Sinpospetro-Campinas. |
O agravamento da crise
econômica, o aumento do desemprego e a ameaça de retirada de direitos dos
trabalhadores preocupam os dirigentes das principais sindicais do país. Nesta
segunda-feira (17), representantes da Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST e CSB se
reuniram, em São Paulo, para traçar estratégias que visam retomada da geração
de empregos e do desenvolvimento no País. No encontro, os sindicalistas
elaboraram uma agenda de luta com planos de mobilizações para serem
implementados ainda neste semestre. O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio
Pinto Neto, membro da Operativa da Executiva Nacional da Força Sindical, também
participou dos debates.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
apresentou aos sindicalistas um panorama do momento econômico e as
consequências da crise para a classe trabalhadora. Os técnicos do Dieese
debateram também a PEC 241, que limita os gastos públicos por 20 anos,
reduzindo o investimento em várias áreas, inclusive de saúde e educação. Os sindicalistas
também se mostraram preocupados com as reformas trabalhista e previdenciária,
propostas pelo governo, bem como o projeto de terceirização, que já foi
aprovado na Câmara dos Deputados.
No encontro, que durou mais de nove horas, os dirigentes das centrais sindicais
também debateram a reforma sindical e as formas de atuação coordenadas no
Congresso Nacional para impedir a aprovação de projetos que são prejudiciais
para toda sociedade. Os sindicalistas fizeram um pacto de união para garantir
os direitos dos trabalhadores e decidiram organizar uma greve geral nacional em
repúdio às propostas do governo Michel Temer.
Segundo Eusébio Neto, só com a união dos trabalhadores e de todos os segmentos
da sociedade é que o Brasil vai sair do quadro de instabilidade econômica
provocado principalmente por questões políticas. Ele diz que o trabalhador não
pode ser penalizado com o desemprego e com a recessão que afeta os salários, já
que a crise não é consequência da má administração, mas da ingerência de alguns
setores da oligarquia. Para ele, só com o fortalecimento das entidades
sindicais, o povo brasileiro conseguirá barrar no Congresso projetos que têm
como objetivo reduzir os direitos dos trabalhadores.
PROTESTO JUROS
As centrais sindicais Força Sindical, CUT, UGT, CSB, NCST e CTB realizam nesta
terça-feira(18) às 10 horas, um ato contra os juros altos em frente à
sede do Banco Central, em São Paulo. A manifestação acontece no mesmo dia
em que o Copom (Comitê de Política Monetária) começa definir a nova taxa Selic
(taxa básica de juros).
*Estefania de Castro,
assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ.