ROGER MCNAUGHT -
Fotos: Diego Felipe e Bruna Freire. |
Servidores de diversas áreas do serviço público estadual
promoveram uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro nesta quinta-feira, dia 9 de fevereiro, porém mais uma vez a
manifestação foi tumultuada por indivíduos estranhos e pelo batalhão de choque.
O ato, contra a privatização da CEDAE e contra as medidas
que irão invariavelmente arruinar o serviço público essencial a população se iniciou às 10 da manhã de forma tranquila, porém logo isso mudou.
Indivíduos estranhos, um inclusive trajando uma camiseta com
símbolos similares aos utilizados por grupos neonazistas, começaram a causar
desconforto e intimidação visual em manifestantes.
Após algumas horas e a chegada contínua de mais e mais
manifestantes, inciou-se um confronto e policiais do choque dispararam contra
manifestantes, imprensa e todos os presentes de forma indiscriminada. Logo após, o “caveirão” saiu à caça dos
manifestantes que fugiam do gás e das balas de borracha sendo repelido por
morteiros disparados em autodefesa contra o caveirão.
Após esse episódio o confronto se espalhou por outras ruas
do centro da cidade, deixando um rastro de feridos, alguns inclusive feridos por
projéteis de armas de fogo, outros por pancadas extremamente violentas e um
estudante foi ferido por um tiro de bala de borracha que, a curta distância,
adentrou o abdômen e causou ferimentos sérios.
O estudante, foi conduzido ao hospital Souza Aguiar e passou por cirurgia
onde foi retirado o projétil e parte do estômago.
O inusitado nesta catástrofe contra a democracia é o fato de
estarmos sob um forte movimento que reivindica valorização de policiais por
meio de chantagem e ameaças de paralização forçada por familiares dos mesmos.
Policiais, a maioria do BPChoque se comportam como
verdadeiros fascínoras, atirando à esmo, violentando a população e até mesmo
colegas da própria área da segurança e depois pedem por respeito e valorização,
estão fazendo isso MUITO errado.
Quem quer respeito, tem que respeitar primeiro!