EUSÉBIO PINTO NETO -
2018 chegou e com ele a perspectiva de grandes
desafios para todos nós trabalhadores e trabalhadoras. Esse governo
ilegítimo e sem votos, trouxe grandes prejuízos para a economia, com grande
impacto na área de serviços e comércio, onde atua nossa categoria. A retirada
do financiamento sindical prejudicou muito os investimentos em manifestações de
rua, que demandam custo de carro de som, material gráfico, etc.
Assim que forem retomados os trabalhos legislativos o
governo golpista tentará impor a todos nós mais uma derrota no parlamento,
quando já em fevereiro, promete votar a Reforma da Previdência. É
hora de o Movimento Sindical fazer autocrítica e refletir, para falarmos todos
a mesma língua, de forma unitária, construirmos uma agenda positiva e sem
ilusões.
Nossa
principal arma é o protesto, só exigindo e enfrentando nas ruas podemos barrar
os ataques. Após décadas de tentativas finalmente conseguiram, a elite e o
patronato estão tendo êxito em aprovar um projeto antitrabalhador que rasga a
CLT e a Previdência Social, aprofundando a exploração.
Nosso
contra-ataque e resistência demandam organização, unidade e conscientização,
nesse contexto a eleição de 2018 será importantíssima. Precisamos alterar a
correlação de forças no parlamento, se não contarmos com a maioria de deputados e senadores pró-trabalhador
continuaremos reféns das elites e do presidente da República, seja ele quem
for.
Nosso
país continua tendo grande potencial para o desenvolvimento econômico,
precisamos investir em grandes obras de infraestrutura, somos um país de
dimensões continentais, riquezas naturais não nos faltam, nossa agricultura tem
potencial para ser a mais forte do mundo. Temos um grande mercado consumidor
com uma população de aproximadamente 210 milhões de pessoas.
O
próximo mandatário da nação precisa ser um político que resista às investidas
do grande capital, não pode ser um vendilhão da pátria entreguista.
Conscientemente temos que lutar para eleger alguém compromissado com as causas
populares, assim teremos condições de reverter essas nefastas “reformas” e tudo
que comprometa nosso futuro de progresso, prosperidade, direito social e
qualidade de vida. Para isso o movimento sindical precisa assumir sua
responsabilidade de agente transformador da realidade social.
O
próximo governante eleito pelo voto popular precisará investir em ciência e
tecnologia, outros países considerados de primeiro mundo estão anos luz a
nossa frente, na chamada era da “A Quarta Revolução Industrial”, impulsionada
por um conjunto de tecnologias como robótica, inteligência artificial,
realidade aumentada, big data (análise de volumes massivos de dados),
nanotecnologia, impressão 3D, biologia sintética e a chamada internet das
coisas (onde cada vez mais dispositivos, equipamentos e objetos serão
conectados uns aos outros por meio da internet). Algumas dessas inovações estão
em sua fase embrionária e ainda não mostraram todo o seu potencial.
Precisamos
ingressar nesse grupo ou perderemos outra vez o bonde da história,
continuaremos renegados, tutelados e explorados. Esse futuro investimento
precisará estar a serviço da maioria da população, educação é a palavra chave
para retomarmos um projeto de nação. Sem investimento em educação, as futuras
gerações estarão despreparadas, fora do mercado de trabalho, não existe nação
soberana sem povo politizado e com alto índice educacional.
O
resgate da dignidade do Trabalhador também passa por investimento
adequado nas Forças Armadas, afinal de contas, são eles que cuidam das nossas
fronteiras e riquezas naturais. Hoje não faltam ONGS, missionários, religiosos,
defensores de índios, todos com o objetivo de nos roubar, levando nossas
riquezas naturais e biodiversidade para fora do país.
Precisaremos
ter habilidade, firmeza e saber impor nossos interesses internacionais enquanto
nação. Esse retrocesso que esta acontecendo no país é justamente fruto dessa
inoperância e servilismo do desgoverno federal, frente ao capitalismo
globalizado.
O
Movimento Sindical precisa cumprir o dever de lutar contra
essas investidas e retrocessos, chegou a hora de redefinirmos nossas ações de
forma inteligente, sem perder a capacidade de negociar e dialogar,
intensificando a conscientização política nas bases para arregimentarmos e
ampliarmos nosso exercito de lutadores, formando quadros que estejam tanto nas
ruas quanto no parlamento fazendo política que beneficie a classe trabalhadora.
Basta,
precisamos chutar essa “gente” sem ética e moral, que formam quadrilhas no
Executivo, Legislativo e Judiciário, afrontando a inteligência e a dignidade do
nosso povo humilde e trabalhador. O resgate da dignidade dos Trabalhadores brasileiros depende principalmente de unidade, organização e resistência do Movimento
Sindical, essa é a receita de luta para 2018!
* Eusébio Pinto Neto é Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da FENEPOSPETRO.
* Eusébio Pinto Neto é Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da FENEPOSPETRO.