ROGER MCNAUGHT -
Nesta terça-feira dia 19, professores se dirigiram à
assembleia legislativa para protestar contra os desmandos do governo do estado
relacionados aos salários atrasados, ponto cortado diante da greve e para
completar o cenário de horror, uma possível medida que permitiria a demissão de
servidores públicos.
Num cenário de perda de direitos em todas as esferas,
censura contra professores (o famigerado projeto “escola sem partido” que na
verdade é uma lei da mordaça) e toda sorte de retrocessos, o presidente da
ALERJ, Jorge Picciani não destoaria do cenário catastrófico.
Durante a discussão de projeto em plenário, o presidente da
ALERJ convidou o batalhão de choque a adentrar as galerias e retirar com
brutalidade os professores que exerciam seu direito á assistir a sessão.
Enquanto isso, outros professores que estavam tentando
também exercer seu direito e adentrar a casa legislativa foram intoxicados e
agredidos por policiais militares nos portões da casa, sustentada a muito
custo, suor e lágrimas pela classe trabalhadora.
Policiais militares desfilavam com seus brinquedos favoritos
pendurados no pescoço – como uma arma de grosso calibre – de forma ameaçadora
contra professores e aposentados.
A luta da educação está longe de terminar e é apenas a ponta
do iceberg no imenso esforço que a população irá ainda empreender na luta pela
manutenção dos direitos tão duramente conquistados ao longo da história, e a
imprensa-parte vital no processo democrático – não irá se calar diante de mais
esse golpe contra a população.