11.9.18

PRESIDENTES DA RÚSSIA, IRÃ E TURQUIA UNEM FORÇAS PARA COMBATER O TERRORISMO NA SÍRIA

ANDRÉ MOREAU -


As tentativas de desestabilizar o Governo da República Árabe da Síria do Presidente Bashar al-Assad, deflagradas em 2011 pelo Governo dos Estados Unidos e seus aliados, podem estar com seus dias contados, mas isso não significa que cessarão os ataques no Oriente Médio.

Os presidentes do Irã, Turquia e Rússia, se reuniram durante três dias em Teerã, objetivando tratar de estratégias conjuntas na tentativa de recuperar a província de Idlib, onde vivem cerca de 3 milhões de habitantes (Norte da Síria), reféns de grupos terroristas como os capacetes brancos (mercenários que se passam por médicos/cinegrafistas) e integrantes da al-Qaeda, dentre outros.

Presidentes Hassan Rouhani (Irã), Recep Tayyip Erdogan (Turquia) e Vladimir Putin (Rússia) / Reprodução
Nessa reunião foram tratadas ações para combater a sanha dos grupos terroristas, a soldo dos citados impérios, visando eliminar focos terroristas de extorsão da população local, usada contra o Presidente Bachar al-Assad, da qual poderá se constituir um tríplice estado maior de paz na Síria. O Presidente da Rússia Vladimir Putin, denunciou o plano dos terroristas de usar armar químicas novamente contra a população, na tentativa de incriminar o Presidente Bachar al-Assad, “modus operandi” dos “capacetes brancos” que depois de bombardeios feitos por estadunidenses e ou israelenses, pagam cachês para que habitantes da região participem de filmes formato documentário, nos quais falam da violência da guerra como se fosse contra o Presidente Bashar al-Assad, visando satanizá-lo diante da opinião pública do Ocidente, através dos meios de comunicação organizados em consórcio que reproduzem tais imagens.

“Posso afirmar com orgulho que nossos esforços conjuntos serviram de motor para que a guerra e o derramamento de sangue chegassem ao seu fim. Conseguimos frear o terrorismo na Síria e restringir sua disseminação pelo Oriente Médio e o mundo,” disse o Presidente do Irã, Hassan Rohani, que também destacou que a presença dos Estados Unidos na Síria só complica a situação e exigiu sua rápida retirada.

Radicais restantes preparam provocações em Idlib

O Presidente Vladimir Putin ressaltou que mais de 95% do território Sírio já se encontra livre da ação dos terroristas. E que é o Povo Sírio que deve decidir o seu futuro, chamando a atenção de todos para outras provocações que estão sendo armadas em Idlib e foi enfático ao descrever o “modus operandi” dos terroristas.

“Atualmente os grupos extremistas restantes estão concentrados na zona de distensão na província Idlib. Os terroristas promovem ações visando frustrar o cessar fogo. Realizam e preparam provocações de diferentes tipos, entre elas com uso de armas químicas, mas sem dúvida os êxitos decorrentes da implantação de nossos acordos comuns, tem permitido avançar significativamente nos entendimentos políticos,” ressaltou.

O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, disse que “Qualquer ofensiva na zona de Idlib, independentemente de seus motivos provocará uma catástrofe, mortes e uma grande tragédia humanitária. Nessa região há uma população de mais de 3 milhões de pessoas que seriam prejudicadas com esse tipo de investida como dezenas de milhares de civis não têm onde se refugiar e viriam para o nosso território,” concluiu, ressaltando a complexidade da questão.

O Presidente da Rússia Vladimir Putin questionou o pretexto de proteger a população civil que também protege os terroristas.

“Ao mesmo tempo, consideramos inadmissível que sob o pretexto de proteger a população civil, se queira proteger de golpes os terroristas e assim mesmo causar danos às forças governamentais da Síria. Segundo parece, é o que perseguem as tentativas de simular o uso de substâncias tóxicas por parte do executivo sírio. Temos provas irrefutáveis dos preparativos dos radicais para esses tipos de missões e provocações dessa índole”.

Foi consenso entre os três presidentes a necessidade de se criar condições seguras para o regresso dos imigrantes, bem como a saída dos Estados Unidos da região e que são os sírios que devem decidir sobre o futuro de sua nação.

Outras investidas dos impérios

Ampliando o quadro, sem perder de vista o foco em Idlib, é possível entender a manobra do Governo dos Estados Unidos quando se retiraram do acordo celebrado com o Irã em 2015 - Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOS): desviar o foco de suas ações conspiratórias na Síria e ou ampliar suas investidas em outras regiões. Essa manobra dos EUA foi repudiada pela Rússia, China, Irã, União Européia e por representantes das Nações Unidas que pediram aos líderes das potências que honrassem o JCPOS.

A manobra denunciou o fato dos Estados Unidos serem os principais patrocinadores dos terroristas que antes das invasões e das guerras, promovem satanizações como as mencionadas pelo Presidente da Rússia Vladimir Putin, já que os relatórios do observador nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica, informaram que o Irã cumpria a sua parte do acordo visando restringir o programa de fabricação de armas nucleares, em contrapartida ao fim das sanções impostas pelos EUA, uma conquista de décadas de trabalho diplomático que os estadunidenses tentam colocar por terra.

A manobra dos EUA também revelou ao mundo que Donald Trump, não passa de outro fantoche do regime beligerante estadunidense que em 14 de Abril 2018 deflagrou duras investidas contra a República Árabe da Síria, tendo como aliados os regimes genocidas de Israel, Inglaterra e França, que parecem inconformados por não terem enforcado o Presidente da República Árabe da Síria, Bachar el-Assad, assim como fizeram no Iraque, quando prenderam, torturaram, enforcaram e decapitaram o Presidente do Iraque Saddam Hussein.

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Ataque químico desmentido por personagens do filme repercutido como verdade repetidamente
Nessa nova onda de satanizações, a Inglaterra vem tentando forjar provas a partir da repetição de mentiras que “comprovem” a participação do Presidente Vladimir Putin, no envenenamento do ex-espião russo, Serguei Skripal e sua filha Yulia com o uso do agente Novichok, criado na União Soviética.

A narrativa seria patética se não fosse o “modus operandi” de mentiras repetidas usadas pelos impérios, visando posteriormente promover guerras, na tentativa de conter o desenvolvimento econômicos de países do Oriente Médio e faturar com a venda de armas, o tráfico de petróleo, a usurpação de outras riquezas naturais, a reconstrução de cidades devastadas pela guerra e o contrôle geopolítico das regiões invadidas em nome da “democracia,” que vêm gerando a onda de imigrações que temos assistido nessa quadra da História.

O que muda na narrativa dos britânicos são as personagens. O “modus operandi,” é o mesmo praticado pelos “capacetes brancos” na Síria, no ataque com armas químicas em Douma, que foi investigado pelo serviço de inteligência russa com depoimento das personagens do filme: dois agentes de saúde, que em meio a crianças molhadas, adultos enfermos, “acolhidos” como se tivessem sido envenenados, falaram sobre o ataque supostamente químico e tiveram suas imagens usadas para dar a entender que o suposto ataque químico teria sido praticado pelo Governo da Síria.

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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de imprensa, arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019.