JOSÉ LOUZEIRO -
José Louzeiro na Bienal do Livro, em 2012 (Foto: Júnior Aragão/Revista Cult). |
A
Associação Brasileira de Imprensa Não é de um dono. A ABI é uma instituição de
tradição no jornalismo brasileiro. Quando se fala em jornalismo, está incluída
ABI. A ABI não é de um dono. É uma instituição cultural e plural.
Houve um
tempo em que a ABI atuava fortemente no jornalismo brasileiro e por isso ela
tinha marca, expressão. Era um tempo em que o Rio de Janeiro tinha grandes
jornais, um deles, o Correio da Manhã, sob o comando da Guiomar Moniz Sodré,
uma mulher valente. É por isso que, pela primeira vez, a ABI deve se expressar
assumindo o seu papel: o papel da imprensa livre na defesa da nossa
Constituição e da soberania nacional.
A ABI tem que participar ativamente em
defesa dos jornalistas que lutam contra o golpe, restabelecendo o papel de Barbosa
Lima Sobrinho e de Maurício Azêdo, que sempre foram sérios defensores da
imprensa. É preciso que acima de tudo a ABI e os jornalistas estejam
compromissados com os ditames da verdade.
Felizmente sempre aparecem mulheres
valentes, dignas do maior respeito, uma delas agora, é a Presidenta Dilma
Rousseff, que pela valentia, está causando incômodo entre os velhos oligarcas.
Dilma é uma mulher digna de admiração e respeito. O projeto de governo da
Dilma, especial como é, causa incômodo entre os reacionários. A ABI é uma
instituição democrática que não pode se curvar diante dos donos do poder.
*José Louzeiro é jornalista e autor de 40 livros. Criador, no Brasil, do gênero intitulado romance-reportagem. Os livros mais conhecidos de José Louzeiro, são: Infância dos Mortos, argumento do filme Pixote; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (título homônimo no cinema); Aracelli, Meu Amor; Em Carne Viva, lembrando o drama de Zuzu Angel e de seu filho Stuart Angel, morto na tortura, na década de 60. Entre os infanto-juvenis: A Gang do Beijo, Praça das Dores (um remember dos meninos assassinados na Candelária, em 1993), A Hora do Morcego (Ritinha Temporal) e Gugu Mania. No cinema já assinou, como roteirista, dez longas-metragens, dos quais pelo menos quatro se tornaram populares: Lúcio Flávio, o Passsageiro da Agonia, Pixote, O Caso Cláudia e O Homem da Capa Preta.
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/222192/Jornalistas-contra-o-golpe.htm
Fonte: http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/222192/Jornalistas-contra-o-golpe.htm