ROGER MCNAUGHT -
Em plena sexta-feira, um dia “não útil” para políticos, a Assembleia
Legislativa funcionou – mas não para algo produtivo. Após a prisão dos deputados Jorge Picciani,
Edson Albertassi e Paulo Melo todos os deputados foram fazer hora extra e
infelizmente a maioria para proteger os colegas.
Em uma
manobra política legislativa, por 39 votos a 19 e 1 abstenção, o plenário da
Assembleia Legislativa decidiu pela soltura e reintegração imediata do trio de
deputados – que foram liberados da Cadeia Pública José Frederico Marques logo
em seguida.
O poder
judiciário – o mesmo que recentemente foi alvo de denúncias de “auxílio-peru”
de R$ 2000,00 – deu liminar para que os manifestantes adentrassem a ALERJ porém
a oficial de justiça (fotos abaixo) enfrentou diversos obstáculos e burocracias para que
apenas entregasse a ordem judicial após a votação estar bem adiantada, sendo
que em nada isso ajudou pois a polícia militar iniciou disparos de armas
semi-letais para dispersar a multidão e impedir o cumprimento da ordem
judicial.
O
entorno da ALERJ então se tornou uma praça de guerra, com policiais e homens da
força nacional atirando para todos os lados, veículos blindados, cavalaria e
unidades motorizadas levando gás, balas de borracha e pânico para transeuntes e
artesãos da praça XV e até o Centro Presente – que teve um de seus agentes
atingido.
Após
horas de confronto, muita violência e muita sujeira deixada pelos cavalos da
PMERJ, o ato se encerrou com feridos e um sentimento de impunidade crescente na
população que vaiava a postura da PMERJ.